Museu Ferroviário é reaberto no Rio de Janeiro

Depois de sete anos de espera, finalmente o Museu do Trem reabriu suas portas para o público que esperava ansioso por esse momento.

Localizado no bairro Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, o museu, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2011 foi reaberto dia dois de abril.

O historiador e responsável pelo museu Bartolomeu d’El-Rei Pinto ressaltou que embora o museu não tenha passado por uma reforma, alguns ajustes foram necessários e realizados como a troca de todas as luminárias, limpeza do local e toda a parte elétrica revisada. Segundo ele, toda a área contava com uma equipe de limpeza, jardinagem e vigilância, o que facilitou o trabalho de reabertura. Bartolomeu acredita que o museu ficou muito tempo fechado por conta da localização que não favorece um grande atrativo.

– É uma região que perdeu 90% de sua área física, porém, inadmissível que o museu se mantivesse fechado por mais tempo – disse Bartolomeu.

A proposta do historiador que está à frente do museu desde o dia 9 de julho de 2012 é reverter a imagem negativa do museu durante esse tempo em que ficou fechado e atrair muitos visitantes e turistas que visitam a nossa cidade. Inicialmente o local ficará aberto para visitação de terça à sexta-feira das 10h às 15horas, mas a ideia é que até agosto possa ser também visitado aos finais de semana e feriados. Para isso será necessário um respaldo jurídico.

O Museu do Trem tem um vasto acervo, conta todo o início da indústria ferroviária brasileira e sua grande atração é a Baroneza, primeira locomotiva a vapor no Brasil e que circulou pela primeira vez, em 30 de abril de 1854 com a presença da Comitiva Imperial quando foi inaugurada a E.F. Petrópolis na Estrada de Ferro de Petrópolis. A locomotiva leva esse nome em homenagem à esposa do Barão de Mauá.

Além da Baroneza, o visitante poderá conhecer o carro que era utilizado pelo imperador Dom Pedro II, mais conhecido como carro do imperador, outro usado pelo rei Alberto da Bélgica na década de 20 e o carro do Estado mais conhecido como carro do presidente Getúlio Vargas usado em viagens oficiais, além de utensílios, toda a mobília do interior dos trens, equipamentos, maquetes de locomotivas e réplicas feitas pelos alunos da primeira escola de ensino profissionalizante da República a Escola Silva Freire e a história da ferrovia brasileira.

A reabertura do museu contou com diversos visitantes e pessoas ligadas à ferrovia. O diretor do Trem do Corcovado Sávio Neves estava presente ao evento e disse que reformará a primeira locomotiva elétrica do Brasil e doará para o Museu do Trem.

– Creio que seja uma boa medida para colaborar com o Museu do Trem – avaliou Sávio Neves.

Estiveram presentes os diretores da AENFER Carlo De Luca (Produtos e Serviços) e Rubem Ladeira (Cultural e Preservação Ferroviária), inventariante da extinta RFFSA coronel Carlos Alberto Borges Teixeira, representantes de entidades ferroviárias e diversos estudantes.

Vale lembrar que a visitação pública será de terça a sexta-feira, das 10h às 15h, com entrada franca. As escolas poderão agendar visitas guiadas pelo telefone (21) 2233-7483, também disponível para informações em geral. O Museu do Trem fica na Rua Arquias Cordeiro, 1.046, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio.

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