A Comissão de Viação e Transportes realiza na quarta-feira (10/4) audiência pública para discutir um novo marco regulatório do setor ferroviário, o andamento de projetos do PAC 2 – Ferrovias (Programa de Aceleração do Crescimento) e o atual estágio do projeto do TAV (Trem de Alta Velocidade) que vai ligar Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. A audiência foi solicitada pelos deputados Jaime Martins (PR-MG) e Valtenir Pereira (PSB-MT).
Martins afirma que a comissão quer conhecer os resultados de consultas públicas realizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre alterações na regulamentação do setor ferroviário. Em relação ao trem-bala, o deputado do PR disse que o colegiado tem interesse em acompanhar o cronograma do projeto. Com linha de 500 km de extensão, o trem vai interligar os aeroportos de Viracopos (Campinas), Guarulhos (São Paulo) e Galeão (Rio de Janeiro).
Segundo a ANTT, o cronograma atual do processo de licitação do trem prevê para o dia 13 de agosto a entrega das propostas dos interessados na concessão da primeira etapa do projeto (seleção da tecnologia e do operador). Após essa data, as propostas serão avaliadas por uma comissão de licitação.
Já o leilão está marcado para 19 de setembro, enquanto a homologação do vencedor do leilão ocorrerá em 20 de novembro. A assinatura do contrato da concessão ocorrerá em 27 de fevereiro de 2014.
O projeto de implantação do trem de alta velocidade também inclui outras duas etapas: a elaboração do projeto executivo, a cargo do governo, que definirá, por exemplo, a localização das estações; e a licitação da empresa que fará as obras de infraestrutura (construção de ferrovia, túneis, viadutos e estações).
Já o deputado Valtenir Pereira quer debater a situação das obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste nos trechos Água Boa (MT)-Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO)-Água Boa (MT); e da Ferronorte, no traçado Rondonopólis-Cuiabá-Santarém.
O parlamentar ressalta que as ações de expansão da malha ferroviária são necessárias para “criar um ambiente competitivo para o defasado mercado de transporte de cargas”.
“Fomentarão, ainda, a inserção de novos investimentos no setor, já que pretendem interligar as principais regiões produtivas do País. E, em consequência, será fundamental para a atração de investimentos e geração de emprego e renda para as diversas regiões”, disse Pereira.
Fonte: Última Instância – São Paulo/SP –NOTÍCIAS, 09/04/2013