O diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT, Mario Dirani, anunciou nesta segunda-feira (04/11) a criação do Instituto Nacional de Pesquisas Ferroviárias (INPF), durante o Encontrem, evento anual realizado pela Abifer e Simefre, em São Paulo. A criação do núcleo de trabalho do órgão já foi iniciada e contará com a participação de representantes da indústria, operadoras, entidades do setor metroferroviário como ANTF, Abifer e Simefre, entre outros.
A estruturação do instituto está sendo realizada pela Secretaria Executiva do Ministério dos Transportes e pelo DNIT, uma autarquia do ministério. A articulação para a criação do órgão de pesquisa iniciou em 2004.
De acordo com o diretor do DNIT, serão desenvolvidas pesquisas nas áreas de equipamentos, tecnologias em transporte, telecomunicações e tudo o que for necessário para o atendimento do setor. Indústria, operadoras e entidades do setor ferroviário estão sendo consultados para a organização do escopo de trabalho do novo órgão.
“A ideia principal é que seja aglutinado tudo que existe de pesquisa e desenvolvimento em transporte ferroviário”, explicou Dirani, que completou dizendo que os trabalhos desenvolvidos nessa área por universidades e institutos, como Unicamp e IPT, serão aproveitados.
Formação de pessoal, elaboração de normas e especificações, testes, pesquisas e certificações de qualidade serão alguns dos itens que serão trabalhos pelo do Instituto Nacional de Pesquisas Ferroviárias. A modelagem do órgão foi desenvolvida pelo consórcio STE-Siscon. No inicio de 2014 deve ser realizado um seminário sobre o novo instituto.
Encontrem
O Encontro Nacional da Indústria e Operadoras Ferroviárias (Encontrem) foi realizado na noite desta segunda-feira em São Paulo. O evento contou com a participação de dirigentes do setor, representantes da indústria e operadoras.
No discurso de abertura do evento, o presidente da Abifer, Vicente Abate, falou sobre a esperança do setor que o primeiro edital do Programa de Investimentos em Logística (PIL) seja publicado neste ano e sobre a ação do Governo Federal para colocar em prática o plano de renovação da frota de vagões e locomotivas. “Os investimentos em infraestrutura, coma participação da iniciativa privada, são fundamentais para o crescimento do transporte ferroviário nacional, de carga e de passageiros,e, consequentemente, do PIB do País”, destacou Abate.
Já o presidente do Simefre, José Antonio Fernandes Martins voltou a lembrar dos problemas que a falta de mobilidade gera para o país. Segundo Martins, entre 2002 e 2013, a frota nacional nas estradas cresceu 120%, enquanto a infraestrutura melhorou 10%. É preciso melhorar isso para que tenhamos competitividade. 65% do transporte de carga no Brasil é feito por caminhões, enquanto 75% do transporte de passageiros é feito por ônibus. Investir no setor metroferroviário é ganhar mobilidade, e mobilidade significa competitividade, enfatizou.
O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir, comentou entusiasmado que nesta quarta-feira (06/11) será apresentada a avaliação final da licitação da PPP da Linha 6-Laranja de São Paulo, que teve somente o Consórcio Move São Paulo, formado por Odebrecht (líder do grupo), Queiroz Galvão, UTC Participações e Eco Realty Fundo de Investimentos em Participações, como interessado.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Julio Semeghini, enfatizou que o uso de PPP integral significa que o Brasil está fazendo o que deveria ter feito há muito tempo. “A Linha 6 não significa só mais um investimento da iniciativa privada, significa uma nova forma de se relacionar e capacidade de buscar projetos, tecnologias”, disse o secretário.
Fonte: Revista Ferroviária, 05/11/2013
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