Rio congela tarifas de trem, barca e metrô

Em meio à retomada dos protestos contra o aumento das passagens nos transportes, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), decidiu manter os valores atuais das tarifas de trens, barcas e metrô.

Em nota, a assessoria do governo afirmou que “o governador Sérgio Cabral decidiu manter os valores atuais das tarifas de trens (R$ 2,90), barcas (R$ 3,10) e metrô (R$ 3,20)”.

Em dezembro o novo valor de R$ 3,10 para a passagem de trem chegou a ser anunciado para vigorar a partir do dia 2 de fevereiro. O anúncio foi o estopim para a retomada de uma série de protestos contra reajustes de tarifas na capital.

Nesta terça-feira, 28, e nesta quinta, 30, dois “roletaços” ocorreram na Central do Brasil, a principal estação de trens urbanos do Rio. Nos atos, manifestantes incentivaram os usuários de trem a pular as roletas da estação, sem pagar, aos gritos de “se a passagem aumentar, o Rio vai parar”.

Segundo a nota, o governador encomendou, à Secretaria de Estado de Fazenda, um estudo para definir como compensar as concessionárias dos serviços de trens, a SuperVia, controlada pela Odebrecht; e metrô, a empresa Metrô Rio, da Invepar. A manutenção dos preços nas barcas será subsidiada pelo Fundo Estadual de Transporte, de acordo com lei estadual aprovada em 2011.

Ontem, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), anunciou o reajuste de R$ 0,25 (equivalente a 9%) na tarifa dos ônibus municipais, que subiu para R$ 3. Nas redes sociais, a reação foi imediata. Há ao menos dois protestos contra o reajuste marcados para as próximas duas semanas. Os atos contam com a adesão de mais de 10 mil pessoas no Facebook.

No Rio, as manifestações que começaram em junho passado, sob a bandeira do combate ao reajuste da passagem de ônibus, prosseguiram ao longo do segundo semestre e prejudicaram a imagem do governador. Em pesquisa do Ibope, divulgada em dezembro, a administração de Cabral permanecia com apenas 18% de avaliação positiva e 74% de rejeição, entre eleitores.

Fonte: Valor Econômico, 31/01/2014

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