Obras do metrô são suspensas no Rio

O Consórcio da Linha 4 do metrô garantiu que não há riscos para as edificações localizadas na Rua Barão da Torre, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, em razão das obras de expansão do sistema metroviário. Na madrugada de domingo (11) uma cratera se abriu no meio da pista, no trecho entre as ruas Farme de Amoedo e Teixeira de Melo. No entanto, de acordo com o gerente de produção da obra, Aluísio Coutinho Júnior, as estruturas dos prédios são monitoradas e estão estáveis. A escavação subterrânea do bairro está sendo feita através do “Tatuzão”, como ficou conhecido o Shield Earth Pressure Balanced — equipamento que perfura o solo.

“Em relação às estruturas, (o local) está sendo monitorado e se mostra estável. Não existe risco para as edificações. As instrumentações que estão colocadas nos prédios garantem isso. A gente faz essa leitura de meia em meia hora, afere as movimentações que estão ocorrendo ali e tudo indica estabilidade das edificações”, afirmou Coutinho.

Nesta segunda-feira (12), a cratera na Rua Barão da Torre já havia sido fechada, como mostrou o Bom Dia Rio. No entanto, a rua permanecia interditada ate as 10h20. Segundo a CET-Rio, o trânsito na região era normal por volta deste horário.

As obras do metrô foram suspensas depois de uma reunião entre o coordenador da Defesa Civil Municipal, Márcio Motta, e engenheiros do Consórcio da Linha 4 do metrô no domingo.

“O consórcio diz que está fazendo o monitoramento da região. Porém, houve uma falha e precisamos saber o que causou essa falha e o que tem de ser feito. A obra é importante para a cidade mas tem de ter segurança”, disse Motta.

Os trabalhos continuarão paralisados até que seja apresentado um plano de emergência e sejam apontadas as causas do afundamento do solo. A previsão é de que isso aconteça ainda nesta semana.

Buraco aberto na pista
O local onde surgiu a cratera está interditado para a construção da Linha 4 do metrô desde agosto do ano passado. Os moradores contaram que ouviram o barulho do terreno afundando.

Na manhã de domingo, parte do buraco estava coberta de cimento mas foi possível ver estragos em vários locais. No Edifício Mar Grande, a mureta do jardim ficou rachada em diversos pontos e o solo cedeu.

Do outro lado da rua, mais problemas foram encontrados. Técnicos do Consórcio da Linha 4 iniciaram análise de cada construção da área.

Para o engenheiro civil Mário Sérgio de Castro Correia, também morador da Rua Barão da Torre, falta transparência durante as obras.

“Não reconhecem o erro. Mudaram [a escavação] da Rua Visconde de Pirajá com caixa maior [para a Rua Barão da Torre]. Estão há sete meses fazendo 20 metros aqui na frente. Isso é inaceitável”, reclamou Correia.

O Consórcio da Linha 4 do metrô disse que as empresas Ceg, Light e Cedae foram acionadas para participar do plano de emergência. O Corpo de Bombeiros informou que fez uma primeira avaliação do local, antes da Defesa Civil, cumprindo o plano de contingência. Os bombeiros não constataram risco para estrutura dos prédios no perímetro da ocorrência.

Fonte: G1, 12/05/2014

 

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