Metrô: Moradores e representantes discutem obras

Representantes do consórcio linha 4 sul e 10 síndicos de prédios da rua Barão da Torre, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, se reuniram na tarde de terça-feira para discutir o andamento das obras do metrô na região. No domingo, como mostrou o RJTV, duas crateras foram abertas na rua e assustaram os moradores.

O gerente de produção da linha 4, Aloísio Coutinho tranquilizou os moradores afirmando que não existem riscos de estrutura e que a escavação do túnel continua suspensa até que se descubra o que causou o problema. O afundamento da calçada, que ocorreu no domingo, provocou vazamento de água e interrompeu o fornecimento de gás em alguns apartamentos. Segundo o consórcio, os reparos estão sendo concluídos.

Sem atrasos

Mesmo com a abertura de duas crateras no domingo (11) na Rua Barão da Torre, em Ipanema, Zona Sul, durante as obras da linha 4 do metrô, o Governo do Estado garante que não haverá atrasos na entrega do projeto. Segundo o secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola, a Linha 4 deve estar operando na cidade no primeiro semestre de 2016. Os técnicos ainda desconhecem o que causou o afundamento das pistas, mas não descartam que o equipamento de escavação, conhecido como ‘tatuzão’, importado da Alemanha, tenha relação com o incidente.

“O Governo do Estado reafirma o compromisso de entrega das obras da Linha 4 do Metrô. O projeto não sofrerá atrasos por causa desse incidente e a previsão continua sendo para o primeiro semestre de 2016”, confirmou Espíndola.

Aloísio Coutinho, gerente de produção do Consórcio Linha 4 Sul, disse que as obras para a construção do transporte foram paralisadas pontualmente, ou seja, somente na área onde os buracos se abriram. Segundo ele, o monitoramento da região é feito diariamente, através de pinos instalados nas edificações e nas ruas, que medem as deformações ao longo da obra. A avaliação inicial desses pinos garantiu que não há risco estrutural para os edifícios, mas Coutinho afirmou que o incidente “não deveria ter acontecido”.

“Nós começamos a obra com um modelo de procedimento que vai sendo aferido durante o processo. Esse afundamento de calçadas não deveria ter acontecido e a causa está sendo investigada. O ‘tatuzão’ está na fase entre a rocha e a areia e não descartamos a hipótese de que ele possa ter causado o problema, mas é prematuro afirmar isso”, disse ele, que garantiu ainda que o equipamento não será excluído das escavações.

Largura de 4 metros
Ainda segundo Aloísio, os buracos na Rua Barão da Torre tinham a mesma ordem de grandeza; quatro metros de largura, quatro de cumprimento e 2,5 metros de profundidade. O surgimento das crateras foi identificado por técnicos durante a madrugada de domingo, por volta das 2h40. As fissuras causaram o afundamento das calçadas do lado esquerdo e direito da rua e atingiram uma tubulação de água e outra de gás, o que afetou diretamente a rotina de quem mora na região.

Mais cedo, o Subsecretário de Defesa Civil Márcio Motta disse que a causa do incidente teria relação com uma possível falha geológica na região. Aloísio Coutinho, no entanto, diz que a princípio essa falha não existe, mas que isso não deixa de ser objeto de investigação da equipe técnica. “Não existe, a princípio, uma falha geológica no local, mas estamos investigando, temos técnicos debruçados nessa questão e isso será objeto de avaliação”, explicou.

Fonte: G1, RJ, 13/05/2014

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