Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado entre a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e as prefeituras de São João del Rei e Tiradentes, com o objetivo de recuperar os imóveis danificados no Complexo Ferroviário de São João del Rei. Para isso, segundo o documento, a ferrovia tem o prazo de até o dia 15 de março de 2015.
Entre os imóveis estão a Estação Ferroviária, o primeiro e o segundo módulos do Museu Ferroviário, o Centro de Artes, o Antigo Armazém, as oficinas mecânicas de fundição e de ferraria e a Casa de Máquinas. Ao todo, os restauros vão abranger uma área de 35 mil metros quadrados, passando pela Avenida Hermílio Alves, Avenida Antônio Rocha, Rua Quintino Bocaiúva e a Praça dos Ferroviários. Todos ficam na cidade de São João del-Rei e são tombados pelo IPHAN desde 1989. O trecho de 12,7 km de via férrea que liga São João del Rei a Tiradentes e bens como documentos, relógios, máquinas, equipamentos, carros, vagões e mobiliário também fazem parte das estruturas que serão reparadas.
Segundo o gerente de operações da Ferrovia Centro-Atlântica, Marcelo Ferreira, parte dos reparos já foi realizada ao longo dos últimos três anos. Para isso, a empresa investiu cerca de R$ 7 milhões. “Nós desenvolvemos as obras de bens móveis, mas não nos limitamos a isso. Desenvolvemos diversas outras atividades, principalmente no museu, onde fizemos uma série de obras que não estavam inclusas no TAC”, afirmou.
Além dos reparos, a FCA vai ter que pagar R$ 600 mil às duas prefeituras. O motivo são os danos ambientais causados pela ferrovia. O dinheiro deve ser investido em obras de patrimônio e cultura. “Vamos utilizar um levantamento feito em 2010 para o PAC Cidades Históricas. Os que não foram contemplados e analisar os que são mais importantes”, avisa o prefeito de São João del Rei, Helvécio Reis.
Fonte: G1, 20/01/2015