A VLI agora dispõe de uma nova plataforma que reúne dados geográficos detalhados da área de influência da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), ativo controlado pela empresa de logística. Foram concluídos neste mês os trabalhos de captura e processamento das imagens de satélite dos 22 mil quilômetros quadrados (km²) contemplados pelo projeto. A ferramenta poderá ser utilizada em diversas frentes de trabalho dentro da companhia, tornando ainda mais eficiente, por exemplo, as análises referentes à segurança operacional na malha.
Os dados geográficos foram disponibilizados em uma plataforma chamada SIGA (Sistema Integrado de Gestão Ambiental). Foram mapeados territórios dentro das extensões de 1,5 km à esquerda e à direita da FCA, que passa por sete estados (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Maranhão e Goiás) e Distrito Federal. As imagens de satélite em alta resolução cobrem uma área equivalente a quase 15 vezes o tamanho da capital paulista, possibilitando que o projeto seja apontado como um dos maiores registros ferroviários já realizados no Brasil.
O SIGA disponibiliza informações como o mapeamento do uso do solo, da hidrografia, das passagens níveis e de áreas de preservação permanente. As imagens permitem a visualização de objetos com até 50 centímetros posicionados sobre a superfície terrestre, possibilitando uma análise detalhada da área de influência da FCA. Empregados de todas as áreas da companhia já podem consultar os registros na execução de tarefas diárias relativas à malha ferroviária.
“Antes era preciso recorrer a bases de dados bastante genéricas e sujeitas a erros. O SIGA proporciona o acesso a informações específicas sobre a ferrovia, englobando observações mais complexas, por exemplo, quanto aos recursos naturais existentes nesses territórios e às estruturas de transposição dos trilhos”, explica o gerente de segurança e meio ambiente da VLI, Marcelo Augusto Ferreira.
A plataforma será atualizada continuamente com dados referentes à FCA, destacando, por exemplo, informações como a realização de obras em pátios ferroviários e a existência de novas construções perto da linha. As referências geradas contribuirão para uma gestão operacional, ambiental e de segurança mais eficaz, já que com a ferramenta será possível antecipar situações de risco e também planejar ações preventivas.
O programa foi desenvolvido, inicialmente, para cumprir uma condicionante da licença de operação da FCA, que exigia o imageamento e o controle das áreas próximas às operações na malha. A VLI foi além e a nova plataforma não só cumpre as indicações, como também oferece soluções de gestão espacial para outros projetos da empresa.
A empresa investiu nas etapas do projeto um montante total de aproximadamente R$ 2 milhões. Representantes do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) já possuem acesso ao SIGA pela internet.
Fonte: Revista Ferroviária, 27/01/2015