Rio – O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, prometeu nesta segunda-feira, durante uma palestra na Associação Comercial, que até o fim deste ano os passageiros da SuperVia, do ramal Deodoro, terão um serviço no mesmo nível da linha 2 do metrô, com 100% dos trens com ar-condicionado.
“Faltam apenas a chegada de alguns trens e ajustes na sinalização para que a gente comece a operar deste forma, em padrão metrô, no segundo semestre deste ano. Não quero ainda precisar um mês, mas creio que no terceiro trimestre (de julho a setembro)”, disse Carlos Roberto Osorio.
O secretário informou que a melhoria não será apenas na qualidade do trem, como também no intervalo entre as composições, que passarão a ter um tempo médio de quatro minutos e 30 segundos, com um mínimo de três minutos e um máximo de seis.
“Estamos trabalhando com esta previsão. Primeiro para Deodoro, depois estendendo para os ramais de Saracuruna, Santa Cruz e Japeri. Ainda este ano, o governador Luiz Fernando Pezão vai vender como sucata o último trem sem ar-condicionado”, prometeu Osorio.
Durante a palestra, onde mostrou seus projetos para a área de mobilidade urbana, Osório garantiu que a prioridade, além dos trens da SuperVia, é a expansão do metrô. O secretário informou que a ligação entre Ipanema e a Barra da Tijuca já está 70% concluída e que o próximo passo será fazer uma linha entre o Estácio e a Praça XV, com a construção de estações no Catumbi, na Praça da Cruz Vermelha e conexão com a que existe na Carioca.
“Esta expansão se tornou prioridade devido à relação custo/benefício, pois é uma linha de apenas 3,7 quilômetros de extensão, poucas estações e uma previsão de 444 mil passageiros por dia, o que torna mais fácil a captação de recursos junto aos investidores, na iniciativa privada. Então, podemos dizer que, hoje, esta é a grande prioridade do governo estadual” concluiu o secretário de Transportes.
Linha 3 está cada vez mais distante
A tarde de Carlos Osorio foi de muitas promessas e de uma garantia: a tão sonhada Linha 3 do metrô, ligando Niterói a Itaboraí, passando por São Gonçalo, não vai mais sair do papel. A confissão foi feita antes de o secretário ser informado da presença do DIA na plateia.
“A Linha 3 foi abolida. Seriam cerca de R$ 3 bilhões do governo federal, R$ 1,5 bilhão do governo estadual e outro R$ 1 bilhão através de licitação pública. Estes recursos do governo federal não existem mais e o estado também não tem mais capacidade de captar este dinheiro. A verdade é essa”, reconheceu Osorio.
No fim da palestra, questionado pelo DIA , o secretário mudou o tom. “Na verdade, o projeto não morreu. Vamos ter mais dificuldades na captação de recursos e estamos buscando outras alternativas”, despistou o secretário.
Fonte: O Dia, 19/05/2015
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