O governador Luiz Fernando Pezão voltou a afirmar, nesta quarta-feira (10), que o Estado do Rio de Janeiro não possui recursos para a construção da Linha Três do Metrô, que ligaria as cidades de Niterói e São Gonçalo. O RJTV mostrou que a falta de recursos também atinge as obras de extensão da Linha 4, que levaria o Metrô até o Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.
O projeto da Linha 3 poderia beneficiar 250 mil pessoas por dia, mas ficou fora do novo pacote de investimentos do governo federal. Durante a viagem inaugural do primeiro dos 15 novos trens, que farão parte da Linha 4 do metrô, ele afirmou que as obras só podem ser realizadas com financiamento federal.
Nós só temos condições de fazer a Linha 3 se tiver financiamento do Governo Federal. O Governo Federal colocou R$ 1,5 bilhão nessa linha, só que atualmente estes recursos não estão disponíveis. Eu quero muito fazer o metrô. Eu sei que nós vamos colocar o BRT lá, mas em dois ou três anos, vai estar saturado. Se tiver dinheiro, eu quero fazer o metrô, disse Pezão.
A Linha 3 do metrô teria 22 quilômetros e foi orçada em R$ 3,9 bilhões. O projeto do BRT na região, que custaria R$ 1,7 bilhão, ou seja, 40% mais barato, está sendo analisado.
As duas linhas do BRT na região totalizariam 46 quilômetros de extensão. A primeira delas seguiria o mesmo percurso da Linha Três do metrô, ligando o centro de Niterói à Guaxindiba, em São Gonçalo. Já a segunda linha do BRT também sairia do centro de Niterói, passaria pela Alameda São Boaventura e pela RJ-104. Em Tribobó, haveria um ponto de integração com a RJ-106, beneficiando os moradores de Maricá. O BRT seguiria pela RJ-104, passando por Alcântara até Manilha, em Itaboraí.
Expansão da Linha 2 é mais provável
O governo do estado também afirma que não possui dinheiro para levar os trens até o Recreio dos Bandeirantes. O projeto que tem mais chances de virar realidade é a expansão da Linha 2, ligando Estácio, Carioca e Praça XV, que teria mais facilidade de financiamento da iniciativa privada através de parcerias, como a concessionária do próprio metrô, tem interesse em tocar grande parte da obra por conta do custo-benefício. O trecho é pequeno, com 3,7 quilômetros e mais de 400 mil pessoas poderiam aproveitar o transporte diariamente.
O governador e o secretário Estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, participaram da viagem inaugural de um dos trens da Linha 4, que vai ligar Ipanema à Barra e deve ser inaugurada daqui a um ano. Por enquanto, a composição nova vai circular pelos trajetos em funcionamento.
As autoridades também visitaram um dos canteiros de obra da Linha 4. O túnel Barra-Gávea já foi aberto, mas a colocação dos trilhos ainda não terminou. Já o trecho entre os bairros de Ipanema e Gávea ganha forma, após sucessivos atrasos nas obras.
O Tatuzão já está chegando ao Jardim de Alah. É o que vai permitir que ele entre na estação Jardim de Alah antecipadamente. Originalmente, no cronograma, a chegada à estação Jardim de Alah estava prevista para segunda quinzena do mês de agosto. Só que isso, na verdade, vai acontecer durante o mês de julho, afirmou Carlos Roberto Osório.
Das seis estações da Linha 4 do metrô, quatro estão 100% escavadas: Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca; São Conrado; Antero de Quental, no Leblon; e Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. A estação da Gávea só ficará pronta no fim de 2016, depois das Olimpíadas.
A estação General Osório, em Ipanema, está sendo duplicada para atender a Linha 4. Os passageiros poderão entrar e sair não só por Ipanema. Haverá mais uma opção pela Lagoa. O outro acesso à estação ficará perto do Corte do Cantagalo.
Fonte: G1 Rio, 10/06/2015
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