Governo volta atrás e decide implantar Linha 3 do metrô entre Niterói e São Gonçalo

RIO — O governo estadual voltou atrás e informou que Niterói e São Gonçalo deverão mesmo ser interligadas pela chamada Linha 3 do metrô. Em março, o Palácio Guanabara havia anunciado uma modificação no projeto, que passaria a fazer parte do sistema de ônibus BRT. Em uma audiência pública realizada nesta quinta-feira na Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o secretário de Desenvolvimento, Marco Capute, informou que um estudo, que será feito por consultorias independentes, deverá estar pronto até meados do ano que vem.

Segundo Capute, estão descartadas as possibilidades de adoção de BRT ou Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) para ligar as duas cidades. Apesar de ter um custo mais alto — R$ 3,9 bilhões —, o metrô, de acordo com o secretário, é o que oferece maior capacidade de transporte de passageiros para a região. Isso foi considerado um fator determinante para a escolha.

A Linha 3 deverá ter 22 quilômetros de extensão, mas a definição do trajeto e da localização das estações depende da conclusão do estudo de engenharia. Quando esse documento for entregue, o governo estadual planeja lançar uma parceria público-privada (PPP) para a implantação do sistema.

— Vamos alavancar o projeto por meio de uma PPP, e buscaremos recursos com o governo federal. Já estamos discutindo a Linha 3 com várias empresas interessadas em fazer o estudo de engenharia. Quanto mais empresas se interessarem pelo projeto, mais parcerias conseguiremos estabelecer — disse o secretário.

Também não está definido se a Linha 3 será construída na superfície ou seguirá por túneis subterrâneos.

PPP, SÓ COM AVAL DA ALERJ

Na quarta-feira, a Alerj estabeleceu condicionantes para a aprovação de um projeto do Executivo que abre caminho para parcerias entre empresas e o estado. De acordo com o texto, que recebeu 30 emendas, cada projeto precisará passar pelo crivo dos deputados. As PPPs são encaradas pelo governador Luiz Fernando Pezão como uma solução para o custeio de várias obras.

Fonte: O Globo, 25/06/2015

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