O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) assinou ontem a ordem de serviço para que as obras da estação do metrô da 110 sul sejam finalizadas. A construção estava parada desde 1990, mas o GDF promete entregar a nova estação até dezembro, ao custo de R$ 23 milhões.
As intervenções no local compreendem a finalização da estação e a construção de passagem subterrânea para pedestres (sob Eixinhos e Eixão) e de acessos em superfície. Cerca de 3 mil pessoas serão beneficiadas pela estação.
“Esta é a primeira das três estações de metrô que serão entregues neste governo. A ideia é agilizar ao máximo, finalizando a licitação para as estações Estrada Parque [próximo a Águas Claras e Vicente Pires] e Cine Brasília [na 106 Sul]”, disse Rollemberg.
A assessoria do Metrô-DF informou ao Destak que essas duas novas estações ainda aguardam recurso e que não existe previsão para o início das obras.
Já na 110 Sul, o trabalho será retomado na próxima semana, de acordo com o diretor-presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), Marcelo Dourado. “A obra tem todo um cronograma: a parte de acabamento, a de sinalização e a construção de duas passarelas. A previsão é que até dezembro tudo esteja pronto”, calcula.
Em janeiro, a União autorizou um repasse de R$ 333 milhões para que o GDF financiasse a expansão da rede de metrô. Na ocasião, o executivo local informou que os recursos seriam usados para construir trilhos e mais duas novas estações em Samambaia.
Empresa investigada
Para realizar as obras da estação na 110 Sul, o GDF contratou a empreiteira Via Engenharia. A vencedora da licitação é investigada pela Polícia Federal nas operações Lava-Jato e Panatenaico.
A empresa teve os bens bloqueados pela Justiça por suspeita de favorecimento e pagamento de propinas na obra do Estádio Nacional Mané Garrincha. A Operação Panatenaico prendeu em abril do ano passado dois ex-governadores do DF: José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), além do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) e do emopresário Fernando Queiroz, dono da Via Engenharia.
As denúncias estão sob análise do Ministério Público Federal (MPF), que ainda não se manifestou sobre as investigações da PF. A empresa também foi responsável pela construção do BRT Sul e do Centro Administrativo do DF. Ambas teriam sido superfaturadas, segundo delatores.
Ao ser questionado, Rollemberg afirmou que não existe medida legal que impeça a participação da empresa em obras do GDF. Alegou ainda que todos os critérios exigidos foram cumpridos.
Fonte: O Destak, 15/02/2018
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