A Aenfer promoveu na manhã do dia 28 de março palestra técnica e trouxe como tema Superestrutura da Via Permanente do Metrô-RJ.
Para falar sobre o assunto, o convidado foi o engenheiro Ernesto Roberto Pinto de Oliveira, que é conselheiro da Aenfer, com larga experiência dentro do segmento metroferroviário nas áreas de projeto, fabricação e manutenção de equipamentos. Ele atuou no Metrô RJ participando de projeto e manutenção das linhas 1,2 e 3 e na construção da linha 4.
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Em sua palestra, o engenheiro falou da implantação e do desenvolvimento das construções, o projeto de substituição de dormentes de madeira, com fixação rígida, por fixações elásticas (DFF 300). A Fixação permite ajuste de bitola e correção de nivelamento vertical.
Este projeto, chamado “balão de ensaio”, foi implantado para possibilitar a renovação da dormentação da linha 1, em decorrência das quebras precoces de dormentes na década de 1980.
Ele falou também do avanço da linha 4 (Barra da Tijuca), os métodos construtivos, a escavação em rocha com explosivos que se resume na perfuração e carregamento dos furos da frente a ser detonada, obedecendo a um critério técnico específico, com detonação, limpeza e tratamento dos avanços.
Montagem de ferrovia em laje de concreto
No caso de ferrovias em laje de concreto (viadutos e túneis), após terem sido construídas as estruturas bases de concreto, o fechamento da dormentação, normalmente, é executado pelo sistema “Top down”. Ou seja: do trilho, para baixo
Primeiramente, concomitantemente com a locação do eixo da via são montados os dormentes, galochas e palmilhas, que servem de lastros amortecedores, evitando o contato com o concreto.
Os passos seguintes são: montagens das formas laterais, tubulações de cabos e drenagem, aplicar cintas que seguram as galochas, proteger as fixações e executar a concretagem de enchimento.
O engenheiro falou sobre como se deu o assentamento da superestrututra da via permanente na ponte estaiada, com dormentes monoblocos de concreto especiais, para fixação de contratrilhos.
A finalidade, segundo ele, é proteger a ponte, no caso de descarrilamento de um trem.
Explicou ainda que nas extremidades da ponte, foram instalados aparelhos de dilatação, considerando as diferenças das estruturas.
Sua palestra contou com a participação do também engenheiro do Metrô Henrique Carou que elucidou sobre este tema.
Os convidados foram recebidos pelo diretor e pela presidente da Aenfer, Helio Suêvo e Isabel Junqueira de Andréa, respectivamente.