O metrô de Buenos Aires realiza uma licitação para definir quem será o novo operador do sistema metroferroviário da capital argentina.
A abertura dos envelopes técnicos do edital foi adiada para o próximo dia 3 de julho, mas há expectativa de que isso só venha a ocorrer no início do mês de agosto.
A concessão da operação do Metrô da capital da Argentina é considerada uma das mais importantes propostas lançadas pelo executivo municipal nos últimos anos, por meio da estatal Subterráneos de Buenos Aires (Sbase). A expectativa é que no mês de agosto sejam avaliadas conjuntamente as propostas técnicas e econômicas, ao invés de 3 de julho, como marcado.
O pedido de extensão do prazo teria partido das empresas que disputam a operação. Elas teriam concordado entre si em solicitar a prorrogação do prazo necessário para a apresentação das propostas.
A empresa ou consórcio que vencer a licitação para operar o metrô de Buenos Aires ficará responsável por transportar cerca de 1,2 milhão de passageiros por dia, num total de seis linhas. A concessão abrange ainda o PreMetro E2, uma linha ferroviária ligada ao Metro da cidade, inaugurada em 1987.
O valor está estimado em US$ 3,5 bilhões. O início das operações será em janeiro de 2019, por um prazo de 12 anos, com possibilidade de prorrogação por mais três anos.
GIGANTES DO SETOR DISPUTAM A CONCESSÃO
Entre as empresas operadoras que disputam o metrô da cidade argentina, dois grandes grupos bem definidos se destacam entre os demais concorrentes, reunindo pesos pesados do setor.
De um lado está o grupo que reúne empresas como a Keolis, que opera o metrô de Lyon, na França, e o de Boston, nos EUA; a Transport For London (TfL), que opera o London Tube; e a Corporación América, holding argentina, presidida por Eduardo Eurnekian, proprietário da Aeropuertos Argentina 2000 (AA2000).
De outro lado está o grupo que reúne o Grupo Roggio (proprietário da Metrovías, atual operadora do metrô) e a Deutsche U-Bahn, responsável pelo metrô de Berlim. Este consórcio tem consultoria técnica e análise de viabilidade de negócios de dois consultores internacionais, um espanhol e um inglês.
O Grupo Roggio participou do consórcio Via Quatro, responsável pela operação e manutenção da Linha 4 do Metrô São Paulo.
Além dessas empresas, outros gigantes do setor demonstraram interesse na licitação, como a francesa RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens), o quinto mais importante player em transporte de passageiros do mundo. A RATP integrou a holding responsável pela execução, construção e implantação do VLT do Rio de Janeiro.
Além da francesa, a canadense Bombardier também pode entrar na disputa. Reconhecida como importante fabricante do segmento metroferroriário, tem em seu currículo, por exemplo, a fabricação em 2009 da frota totalmente automatizada para a linha Victoria do metrô de Londres.
Fonte: Diário do Transporte, 21/06/2018
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