Exército vai ajudar a concluir as obras da Fiol

O Exército brasileiro vai atuar junto com a Valec nas obras do lote 6 do trecho II (Caetité-Barreiras) da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia. O anúncio foi feito pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em visita técnica a São Desidério (BA) feita ontem (segunda, dia 18). O lote 6 compreende o trecho entre as cidades baianas de Bom Jesus da Lapa e São Desidério.

”O Exército vem fazendo um trabalho extraordinário, como foi feito nas obras da BR-163/PA, e agora vai participar das obras do trecho da Fiol II”, disse o ministro.

De acordo com informações no site da Valec atualizadas em 31 de julho de 2019, o lote 6 tem 13,7% de avanço físico, sendo o menor índice entre os quatro lotes da Fiol II, com 485,4 km de extensão. O lote 5A é o único com 100% das obras, segundo a empresa estatal. Os lotes 05 e 07 tem 40,5% e 34,2% de avanço físico, respectivamente. A obra no total está com 39% de avanço, segundo informações atuais do Minfra. O trecho 2 da Fiol conta com investimento de R$ 2,7 bilhões.

O 4º Batalhão de Engenharia de Construção (4º BEC), de Barreiras, e o 2º Batalhão Ferroviário, de Araguari, serão responsáveis pela conclusão do lote 6. Segundo o Ministério da Infraestrutura essa é a primeira vez que um batalhão ferroviário das Forças Armadas assume um projeto de ferrovia desde a implantação Estrada de Ferro do Oeste (Ferroeste), na década de 1990.

O ministro percorreu um trecho da ferrovia e visitou o canteiro de obras e uma fábrica de dormentes em São Desidério. ”A cidade é considerada o maior produtor de grãos do país – em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) agrícola da cidade chegou a R$ 3,63 bilhões, um novo recorde para o agronegócio baiano e será beneficiada com a possibilidade de escoar a produção sobre trilho”, diz o Minfra em nota.

O traçado da Fiol busca conectar a região produtora de grãos do oeste da Bahia ao porto de Ilhéus. O trecho 1 está com o seu projeto de concessão encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para, em seguida, ter a publicação do edital de leilão, previsto para o final de 2020.

Transportes de grãos

A Fiol, quando pronta, deve se tornar um importante caminho de escoamento do minério do sudoeste da Bahia (Caetité e Tanhaçu) e de grãos da região oeste do mesmo estado. A ferrovia também poderá se conectar, futuramente, à malha da Ferrovia Norte-Sul, o que traria melhoria para logística nacional.

Entre os benefícios esperados, estão a redução dos custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados aos mercados interno e externo; a ampliação da produção agroindustrial da região; e a interligação dos estados de Tocantins, Maranhão, Goiás e Bahia aos portos de Ilhéus (BA) e Itaqui (MA).

Fonte: Revista Ferroviária, 19/05/2020

 

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