Tiroteios no RJ interromperam a circulação de trens 36 vezes em 2020

Em 2020, a Supervia, a concessionária que administra os trens no Grande Rio, registrou 36 casos de tiroteios nas proximidades da linha férrea que afetaram a circulação.

Esses episódios interromperam um ou mais ramais por um total de 40 horas e 24 minutos. O mais afetado no ano passado foi o de Saracuruna, com 24 interrupções.

O caso mais recente foi em 21 de dezembro, quando um confronto nas imediações da Estação Costa Barros parou os trens por uma hora em todo o Ramal Belford Roxo.

Em casos de tiroteios, os trens podem aguardar ordem de circulação em estações seguras, ou a circulação do ramal pode ser parcial ou totalmente suspensa.

Quando o tiroteio cessa, a concessionária realiza vistorias em cabos da rede aérea para garantir a retomada da operação.

Às vezes, os cabos são danificados pelos disparos, atrasando ainda mais a normalização da circulação.

“Os trilhos passam por diversas regiões conflagradas, áreas de risco, que precisam de policiamento especializado e ostensivo, o que só pode ser garantido pelo poder público, como prevê o próprio contato de concessão”, prosseguiu Sanches.

“Temos dialogado frequentemente com as forças de segurança do estado para que atuem nesses locais mais sensíveis”, emendou o presidente da empresa.

Trem sequestrado

Em outubro, bandidos em fuga de uma operação da Polícia Militar no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, sequestraram um trem de serviço da Supervia.

Pelo menos 10 homens armados renderam dois maquinistas na Estação Triagem e os obrigaram a seguir viagem até a Mangueira, cerca de 1,5 km adiante. Depois do sequestro, funcionários precisaram de atendimento psicológico, mas ninguém teve ferimentos.

O que diz a PM

Em nota, a Secretaria Estadual de Polícia Militar informou que o Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) atua em toda malha ferroviária fluminense em seus mais de 270 quilômetros.

A nota cita que a área de policiamento é composta por mais de 100 estações de passageiros distribuídas em 12 municípios do RJ.

“Ao longo desta extensão, 17 batalhões de área patrulham o perímetro externo, assim como o entorno das estações”, explicou.

“A linha férrea também apresenta trechos em áreas consideradas conflagradas. Os tiroteios citados são consequência da ação de grupos criminosos, e há ainda as situações em que estes criminosos fazem disparos de arma de fogo de maneira inconsequente contra nossos policiais no cumprimento de seus deveres constitucionais”, emendou.

Fonte:g1.globo.com/rj

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