De Super à Infravia para a(variar)

Ao tempo da pujante Rede Ferroviária Federal S.A.-RFFSA, que compreendia as  6 Superintendências Regionais, mais a Divisão Especial do Subúrbio dos Trens do Grande Rio e Baixada, a Unidade transportava nada menos do que um milhão e duzentos mil passageiros, com grande eficiência e segurança e “dava carta e jogava de mão,” surpreendendo e causando admiração aos meios de transportes da América do Sul, onde a RFF ocupava  primeiríssimo lugar entre as suas coirmãs latinas, neste continente, sem embargos

À época, quem comandava a Divisão de Subúrbio, era o irrequieto gal. Adolfo Manta, que, mais tarde, face ao grande desastre no subúrbio, o Ministro dos Transportes, Mário David Andreazza, o nomeou para presidir a RFFSA.

A partir da década de 1990, com o início do famigerado processo de privatização/concessão da maior Estatal da América do Sul, frise-se, sob a gerência de outros engenheiros, a Divisão propiciou a mantença do fluxo de mais de milhão de passageiros, apesar de alguns transtornos político-econômico-sociais, por meses, a densidade do fluxo elevado houve mantença de um milhão e fração de passageiros transportados.

Com a sequência desenfreada da concessão/privatização RFF, a política de transporte suburbano/Rio começou a decair. Veio, então, a ideia de passar a exploração dos transportes dos trens de subúrbio para o Estado do Rio, sendo criada a FLUMITRENS, subsidiária que não correspondeu às expectativas, como era o esperado. Decorreu então repassá-la para a iniciativa privada, surgindo, assim, a SUPERVIA. Por anos e anos, a nova empresa sustentou-se e ofereceu algo de positivo.

Todavia, de uns poucos anos para cá, o empreendimento privado está deixando a desejar. Esperava-se que, décadas por décadas, se registrasse o equilíbrio e que, consubstancialmente, consoante a harmonia financeira, órgãos oficiais x iniciativa privada costurassem algo de positivo, a fim de que com o sistema viário do Estado do Rio, com o aval federal, tudo se conciliasse os altos interesses, com o estabelecimento da mobilidade urbana, tão necessário à população carioca e fluminense e, via de consequência, os de todo o País, sem embargos.

Por tudo que vem lamentavelmente ocorrendo, em fevereiro deste ano, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (ALERJ) implantou a CPI dos Trens. Na segunda quinzena de maio, parlamentares fluminenses (óbvio) integraram a Comissão e fizeram uma vistoria no Ramal de Belford Roxo.

O bom senso parlamentar, salvo melhor juízo, recomenda que seja de bom alvitre fusionar, a primeira e a segunda, a Frente Parlamentar dos Trens de Passageiros do Estado, pois, unidas, serão mais fortes no contexto político-econômico, não só no âmbito estadual, como no federal.

Esta digressão tem cabimento, pois, tudo está no grande contexto do Grande Rio e Baixada, face ao que perturba os transportes de que a grande massa humana depende no dia a dia.

Verifica-se, constata-se que a empresa mal prestadora dos serviços de circulação dos trens do Grande Rio tem que tomar tenência, no que tange: a falta de acessibilidade e de um trem expresso, que é notória mesmo tracionado por locomotiva diesel; a falta de mobilidade, que é um crucial problema, também consubstancial ao governo federal, Ministério de Infraestrutura.

Acorde governador, pois a população está ávida para desfrutar de melhor qualidade de vida, por ser mais do que merecedora. Não dá para viver por mais tempo neste sufoco diário.

A empresa sucessora da  Flumitrens: De SUPER a INFRAVIA, “no tempo e no espaço,” é o que estão vivendo o Estado do Rio e a sua ordeira população. Até quando?

 

Genésio Pereira dos Santos/Advogado/Jornalista/Escritor.

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