Cinco trens que oferecem passeios turísticos

Mobilidade Estadão – No Brasil, existem dezenas de trens que passaram por restauro para oferecer passeios turísticos à população. Assim, além de proporcionar momentos de lazer, a preservação garante um resgate cultural e histórico, ressaltando a importância da ferrovia para o desenvolvimento do país.

Alguns destes trabalhos foram fruto de parceria com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF). A entidade civil é sem fins lucrativos e de cunho histórico, cultural e educativo.

Confira 5 trens que passaram por restauro e hoje oferecem passeios turísticos para a população no Brasil:

Expresso Turístico da CPTM – São Paulo

Foto: Divulgação / CPTM

Em 2009, a CPTMcolocou em atividade o Expresso Turístico, com passeios de trem que partem da Estação Luz, no centro de São Paulo, com destino a Jundiaí, Mogi das Cruzes e Paranapiacaba.

De acordo com a CPTM, o passeio do Expresso Turístico ocorre em uma locomotiva a diesel, modelo ALCO RS-3 de 1952, que conduz carros de passageiros, de aço inoxidável, fabricados no Brasil pela BUDD – MAFERSA nos anos 60 e que foram cedidos pela ABPF. Durante a viagem, o turista aprecia a paisagem e conhece um pouco da história.

 

Trem das Águas – São Lourenço – Minas Gerais

Foto: ABPF – Sul de Minas

O Trem das Águas permite conhecer uma antiga ferrovia projetada e construída pelos ingleses da Minas & Rio Railway há 115 anos. No local, o então Visconde de Mauá efetuou uma de suas últimas contribuições às ferrovias brasileiras.

De acordo com a ABPF, é possível conhecer o caminho de ferro que D. Pedro II percorreu com toda sua comitiva imperial, quando buscavam o ameno clima mineiro e a salubridade das águas da região.

Além disso, é possível ouvir os melodiosos apitos e o poético badalar do sino de uma autêntica “Maria-Fumaça” (locomotiva a vapor). O passeio também permite conhecer a histórica estação ferroviária de São Lourenço, totalmente restaurada.

 

Estrada de Ferro Santa Catarina – Apiúna

Foto: Johnny S. Henschel (extraído do site estacoesferroviarias.com.br)

O passeio é no trecho reimplantado do antigo leito da extinta EFSC, que funcionou de 1909 a 1971. Segundo a ABPF, a ferrovia teve sua construção iniciada com capital e tecnologia alemã, vindo a ser a única no Brasil construída pelos alemães. Quem embarca no passeio fica a bordo de um trem tracionado por uma autêntica locomotiva a vapor de 1920, fabricada nos Estados Unidos.

O trajeto conta com um túnel de 70 metros de extensão, uma ponte em arco romântico, bueiros, além de uma passagem superior. Os turistas também podem ver as belezas naturais da região como a mata atlântica, paredões de pedra e as corredeiras do Rio Itajaí Açu. No trecho final do passeio, é possível conhecer a Usina Hidrelétrica de Salto Pilão.

Trem dos Imigrantes – São Paulo

Foto: ABPF

Em uma composição movida por uma locomotiva a vapor, uma autêntica Maria-Fumaça, o passeio passa por um trecho que pertencia ao Ramal Ferroviário dos Imigrantes. Portanto, sai da estação do Memorial, indo até a Rua da Mooca e, na volta, até a entrada da Estação do Brás, retornando ao ponto inicial, em um trajeto de aproximadamente 3 km.

A experiência é uma realização da ABPF Regional São Paulo, por meio do Núcleo Histórico dos Transportes. Do passeio, é possível avistar o maior acervo de material ferroviário de bitola de 1,60 m do Brasil.

Viação Férrea Campinas Jaguariúna – Campinas / Jaguariúna

Trem Maria Fumaça de Campinas - ABPF | Campinas Virtual - Cultura, lazer, turismo, diversão e arte em Campinas e região

Foto: Vanderleu A. Zago – ABPF

Operando regularmente desde 1984, esta é aprimeira ferrovia histórica da ABPF e do Brasil. Com início na estação de Anhumas em Campinas, a linha da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro segue por 24 km de extensão até Jaguariúna.

Neste caso, a Maria-Fumaça viaja a uma velocidade média de 20 km/h. Assim, é possível apreciar uma verdadeira viagem no tempo para o século XIX. Ao longo da linha surgem paisagens das antigas fazendas de café. Em cerca de uma hora e 30 minutos, chega-se à chega-se a Jaguariúna, onde é possível observar a mudança de relevo para montanhoso devido a proximidade com o Circuito das Águas paulista formado por cidades como Serra Negra e Amparo.

 

Fonte: Mobilidade Estadão

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