O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, rebateu críticas ao projeto da Ferrogrão, corredor ferroviário de exportação do Brasil que ligará a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Porto de Miritituba (PA). O projeto enfrenta pressão de ativistas, entidades nacionais e estrangeiras, que temem que a obra provoque desmatamento e afete comunidades indígenas, além de empresas que lucram na rota de grãos pelos portos do Sudeste.
O ministro publicou em rede social nesta segunda-feira uma foto do pátio lotado de caminhões. “Essa foto é de fevereiro, próximo às estações de transbordo de Miritituba/Pará, onde estão chegando mais de 2.000 carretas/dia pela BR-163. Aqui será o destino final da #Ferrogrão. Quem está se opondo à ferrovia, está defendendo imagens como essa na Amazônia. Boa semana a todos”, afirmou Freitas.
O governo planeja lançar o edital do empreendimento até o final deste ano e realizar o leilão da obra no primeiro trimestre do ano que vem. O projeto conta com 933 quilômetros de extensão, de Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA), e nasce com “Selo Verde” por conta da sua preocupação ambiental, segundo o ministério.
“A expectativa é que a ferrovia reduza em 50% a emissão dos gases do efeito estufa e retire 1 milhão de toneladas de CO2 da atmosfera, além de usar a faixa de domínio da BR-163 como traçado, sem sobrepor terras indígenas, quilombolas ou unidades de conservação”, afirma a pasta.
A concessão prevê uma única empresa responsável pela gestão da infraestrutura e prestação do serviço de transporte. O prazo de concessão previsto é de 69 anos. São esperados investimentos de R$ 8,4 bilhões no projeto de concessão e uma economia de R$ 19 bilhões no valor gasto com frete, de acordo como ministério.
Com expectativa de movimentar 48,6 milhões de toneladas em 30 anos, o empreendimento deverá aliviar as condições de tráfego na BR-163/PA, diminuindo o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção.
Fonte: noticias.r7.com, 20/07/2021