Em diversas cidades brasileiras encontramos museus ferroviários abertos à visitação, dando a oportunidade do público conhecer a história daquele lugar. Através das peças e equipamentos é possível identificar a cultura e hábitos de um tempo passado.
Em São Paulo, por exemplo, temos o Museu Funicular de Paranapiacaba que fica na Serra do Mar, em meio à histórica Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, o Museu da Estrada de Ferro Sorocabana, em Sorocaba, dentre outros. A lista é grande, cidades como Curitiba (PR), São João del Rey (MG), Tubarão (SC), têm preservados museus ferroviários frequentemente visitados por turistas e estudantes que aprendem conhecendo de perto objetos antigos que fazem parte da nossa história.
Curiosa e tristemente o Rio de Janeiro, berço da ferrovia nacional, tem o Museu do Trem, localizado no bairro do Engenho de Dentro e que está fechado para visitação desde 2017. Esquecido pelos órgãos públicos, o museu, totalmente abandonado, sofre com o descaso das autoridades competentes. Em agosto de 2022, 16 sinos de bronze foram roubados, sem que, até hoje, tenham sido encontrados os culpados.
Inaugurado em 1984, o Museu do Trem conta com mais de mil peças, dentre elas a Baroneza (na grafia antiga, com z), a primeira locomotiva a trafegar pelo Brasil, em 1854.
Em 2011, o acervo e o prédio do museu foram tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, que deveria cuidar da guarda do acervo que lá ainda se encontra.
A Aenfer não entende o motivo do descaso com um rico patrimônio histórico e cultural, que poderia, dentre tantas outras atividades, atrair turistas de várias partes do país e do mundo.
Esperamos que a próxima gestão da prefeitura do Rio de Janeiro reserve um projeto de revitalização para que não percamos essa memória tão importante, não só para a nossa cidade, mas, para o nosso país.
Foto: Alexandre Siqueira
Foto: associado da Aenfer Sergio de Souza