Pelo segundo dia consecutivo, passageiros dos trens da SuperVia enfrentam uma manhã de transtornos. Nesta terça-feira, algumas pessoas revoltadas com os atrasos das composições atearam fogo no primeiro vagão de trem que estava parado na estação de Quintino, segundo informações da GloboNews. Bombeiros foram acionados e controlaram o incêndio. Não houve feridos. No entanto, três pessoas passaram mal devido ao tumulto e foram atendidas no local. Passageiros que estavam na estação de Quintino reclamavam de mais de uma hora de espera. O trem incendiado foi retirado da estação, por volta das 10h, e a circulação foi retomada.
Às 7h56m, uma composição do ramal de Santa Cruz que seguia para a Central do Brasil apresentou problema mecânico e teve que interromper a viagem na estação de Engenho de Dentro. Três composições ficaram fora da plataforma. De acordo com a SuperVia, passageiros tiveram que descer na linha férrea.
Devido à pane, todas as composições ficaram paradas. Os usuários dos trens fizeram uma manifestação pacífica com mochilas e camisetas na linha férrea. Um grupo grande de passageiros caminhou entre as estações de Piedade e Engenho de Dentro. No Méier, passageiros ficaram parados na estação por mais de meia hora porque não havia composições circulando. O Grupamento de Polícia Ferroviária e o batalhão da área chegaram a ser acionados para tomar as providências necessárias.
Em nota, a SuperVia afirmou que alguns passageiros não seguiram a orientação de andar 60 metros até plataforma e permaneciam na linha férrea dificultando a retomada da circulação. Por medida de segurança, as estações dos ramais Deodoro e Santa Cruz precisaram ser fechadas, mas foram reabertas por volta das 9h45m. Segundo a concessionária, a circulação está sendo retomada gradativamente.
O Corpo de Bombeiros e os técnicos da SuperVia permanecem na estação Quintino para controlar a situação e retirar o trem do local para liberar as linhas. A empresa esclarece que vinculou avisos aos passageiros que estavam dentro de todos os trens e de todas as estações a cada minuto informando sobre a situação.
A concessionária informou ainda que não existe nenhum material inflamável nos trens e, por isso, suspeita de que o fogo tenha sido criminoso. Na nota, a SuperVia disse que “repudia com veemência atos como esses, que causam danos ao patrimônio público e põe em risco a viagem de milhares de pessoas. A concessionária lamenta os transtornos causados aos passageiros pelas atitudes irregulares realizadas por algumas pessoas e informa que todos os casos estão sendo rigorosamente apurados, com apoio da Polícia e do Governo do Estado do Rio de Janeiro”.
Fonte: O Globo online, 03/09/2013