Foi aprovada nesta quinta-feira, em reunião entre a secretária estadual de Transportes, Tatiana Carius, e a ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, a liberação de R$ 100 milhões, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para implantação do programa Segurança na Via. Os recursos serão usados em obras para impedir a invasão da linha férrea da SuperVia. O valor total do projeto é de R$ 600 milhões.
Segundo a secretaria, os primeiros recursos serão usados no trecho onde há mais urgência, em Duque de Caxias. A verba será empregada na construção de dois viadutos e seis passarelas, na altura dos bairros de Jardim Primavera e Campos Elísios, eliminando cruzamento da via férrea com ruas e avenidas do município. Também serão construídos 11km de muros no mesmo trecho.
De acordo com a SuperVia, é indispensável o completo isolamento da área de circulação de trens para diminuir os riscos de acidentes com veículos, animais e pedestres na linha férrea, além de evitar o despejo indevido de lixo na via. A concessionária também destacou que a implantação do “Segurança da Via” depende do poder público, pois envolve soluções urbanísticas de acessibilidade, desapropriações e programas sociais.
TRILHOS DO TRÁFICO
Diante da ação do tráfico de drogas, que ocupou diversos pontos ao longo dos trilhos e chegou a ocupar a estação Tancredo Neves, na Zona Oeste, deixando em perigo os 620 mil passageiros que usam o sistema diariamente, a SuperVia sugeriu o projeto de segurança para a linha férrea.
Em entrevista mostrada pelo GLOBO no fim de agosto, o presidente da concessionária, Carlos José Cunha, explicou que a empresa, no entanto, não consegue arcar sozinha com o projeto. Para viabilizá-lo, ele esteve em janeiro em Brasília com a presidente Dilma Rousseff, para negociar sua implantação. Segundo Cunha, a SuperVia tem um gasto anual de R$ 30 milhões em segurança interna e perde R$ 48 milhões por causa da ação do tráfico, que abre buracos nos muros, permitindo que usuários embarquem nos trens sem pagar.
De acordo com a SuperVia, mais de dez mil pessoas transitam pelos trilhos diariamente, seja para acessar indevidamente os trens ou para vender, comprar ou consumir drogas. Por isso, as composições são obrigadas a circular a 30km/h, quando poderiam trafegar a 80km/h. Sendo assim, a primeira parte do projeto seria emergencial, visando atacar, em dois anos, os pontos mais críticos quanto ao tráfico e evasão de renda, com a construção de cinco viadutos e pelo menos 20 passarelas. A segunda fase envolve desapropriações e reassentamentos das famílias que vivem na faixa de domínio da linha férrea. A estimativa é que a implementação total do projeto leve oito anos.
Fonte: O Globo, 17/11/2014
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