RIO – Homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) participaram de treinamentos com foco na segurança da população e dos turistas durante as Olimpíadas de 2016. Nesta quinta-feira, 60 policiais da Unidade de Intervenção Tática (UIT) foram divididos em duas equipes para simular o resgate de reféns. A mesma simulação também foi realizada na terça-feira.
Considerado um dos maiores especialistas em negociação de conflitos da polícia do Rio, o sargento do Bope Glebson Ferreira de Lima explicou que, em um primeiro momento, parte da equipe negocia com o sequestrador, enquanto os demais fazem o reconhecimento do local. Se houver necessidade, em seguida são utilizados equipamentos não-letais, como balas de borracha e gás lacrimogêneo. A entrada tática nos veículos de transporte público é a última etapa do processo de resgate.
“Desde 2000 o Bope troca conhecimentos com tropas especiais de todo o mundo. Os equipamentos que usamos são os mesmos. Treinamos mirando os grandes jogos, mas o nosso objetivo maior é salvar vidas”, afirmou o sargento Glebson, em nota.
Para realizar o treinamento, os PMs usaram equipamento completo, como em uma situação real: colete, escudo, capacete, óculos protetor, máscara e armas modernas. A ação no metrô do Rio foi baseada em estudos de casos antigos nacionais ou internacionais, e no intercâmbio feito entre o Bope e polícias táticas de outros estados e países.
Na próxima semana, os policiais do Bope participarão de um simpósio com policiais de operações especiais de todo o Brasil. Ainda este ano, haverá um intercâmbio com agentes da Swat (polícia especializada) de Miami, nos Estados Unidos.
Fonte: O Globo, 15/01/2015