Passageiros depredam estação de trem durante greve em São Paulo

Passageiros invadiram e depredaram a estação de trem de Francisco Morato, na Grande São Paulo, fechada em razão da greve dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na manhã desta quarta-feira (3). A Polícia Militar chegou a usar bombas de gás lacrimogênio para dispersar a população, informou a rádio CBN.

De acordo com a emissora, os passageiros derrubaram um portão e um muro de concreto e chutaram lixeiras da estação, que integra a linha 7-Rubi, que liga Francisco Morato à Luz, no centro de São Paulo. No momento, os trens circulavam apenas entre as estações Barra Funda, zona oeste da capital, e Caieiras, na Região Metropolitana.

A CPTM informou que a confusão começou depois que um usuário incitou os demais a jogarem pedras na estação. Ele foi detido e encaminhado ao distrito policial. A companhia ainda não contabilizou os danos.

Outras três linhas são afetadas pela greve: na 11-Coral (Luz-Suzano), os trens circulam entre Luz e Guaianazes (Expresso Leste). As linhas 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) e 12-Safira (Brás Calmon Viana) estão completamente paradas.

Segundo a CPTM, às 11h10 a linha 7-Rubi passou a funcionar entre as estações Francisco Morato e Luz.

A greve não afeta as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Esses empregados são representados pelo Sindicado dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, que não aderiu à paralisação.

O congestionamento em São Paulo às 8h30 estava em 12,4% dentro da média superior para o horário, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). As linhas do Metrô operam normalmente.

Quem precisar pode usar a nota da CPTM sobre a paralisação, disponível no site da companhia, para justificar o atraso no trabalho.

Na reunião de conciliação de terça-feira (2), na Sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, a CPTM manteve as duas propostas de reajuste aos ferroviários: a de aumento de 8,25% nos salários e benefícios e a elevação de 10% nos benefícios, um aumento salarial igual à inflação dos últimos 12 meses até março (6,65%), somado 1% de produtividade. Dois dos três sindicatos que representam a categoria (Ferroviários de São Paulo e dos Ferroviários da Central do Brasil) decidiram por deflagar a greve.

Em nota, a CPTM considerou irresponsável a decisão dos sindicatos. “A decisão vai contra a recomendação da justiça de continuar as negociações sem paralisação dos serviços até o próximo dia 11 de junho, quando haverá nova reunião no TRT – Tribunal Regional do Trabalho. Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM”, informou.

Fonte: Portal IG, 03/06/2015

 

     

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