RIO — Em 2 de janeiro de 2015, primeiro dia útil de sua gestão, o futuro secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, vai andar de trem, barca e metrô. Agora como autoridade responsável pela gestão desses três meios de transporte, e não mais como passageiro. Esse será o primeiro ato de Osório que, só depois, montará seu cronograma de trabalho. Mas uma coisa é certa: atendendo à recomendação do governador Luiz Fernando Pezão, ele vai trabalhar para melhorar a integração dos transportes na Região Metropolitana.
— Sucateamos nossa rede de alta capacidade. Já foi feito um esforço grande de recuperação dessa rede, mas o estado tem muitos projetos em andamento. Nossa missão é dar prosseguimento a isso e trabalhar para melhorar a oferta de serviços — disse ele.
Consciente do momento atual da cidade, cercada por obras que deixam o trânsito caótico, Osorio admite que não será fácil convencer a população a deixar o carro em casa:
— Conheço bem a realidade do município (ele foi secretário municipal de Transportes). Entendemos que, para fazer esse pedido, em contrapartida temos que melhorar o transporte público. Mas isso se dará de forma gradativa. À medida que o transporte vai melhorando, mais gente vai deixando o carro em casa.
De acordo com o futuro secretário, a Linha 3 do metrô, ligando Niterói a São Gonçalo, sairá do papel. As obras estão previstas para começar em 2015, ainda sem data precisa:
— O governador me passou isso como sendo uma determinação. Os recursos já foram negociados entre os governos estadual e federal. A principal barreira, que era o financiamento, está encaminhada.
BRTs CHEGARÃO À BAIXADA
Osorio disse ainda que para qualificar e mudar o transporte na Região Metropolitana precisará vencer desafios:
— O primeiro é melhorar a rede de trens que atende à Baixada, com novas composições dotadas de ar-condicionado, que já formam encomendadas e devem chegar no ano que vem. Até 2016, temos que completar a refrigeração e renovar cem por cento da frota da SuperVia. Outro desafio é a requalificação gradativa das estações de trens. Vamos também usar equipamentos que permitem a redução dos intervalos entre as composições. E vamos ligar os municípios da Baixada com BRTs.
Fonte: O Globo, 17/12/2014