A AENFER sempre trabalhou pela preservação de nossos bens históricos, materiais e culturais relacionados à ferrovia. Com a concessão dos trechos operados pela RFFSA esta preocupação se acentuou visto que os contratos com os novos operadores foram omissos ou muito lenientes, deixando os cuidados com a preservação em segundo plano. Já a própria RFFSA não conseguiu implantar uma política adequada neste assunto. Assim é que tivemos até hoje pouquíssimos espaços, como museus e centros culturais, reservados, planejados e adequados a esta finalidade.
Aqui no Rio de Janeiro um caso emblemático é o abandono da estação Barão de Mauá. A divisão de responsabilidades entre concessionários, União, Estado e Município deixa um amplo espaço para evasão entre estes entes, que empurram a questão um para o outro, quando não para um futuro distante e descomprometido.
A última notícia para a estação, conforme noticiamos em nosso site diz que o Estado pretende transformá-la num grande mercado público, comercializando produtos da agricultura e gastronomia fluminenses (http://www.ferrovias.com.br/portal/estacao-da-leopoldina-pode-virar-mercado-publico).
Na edição no. 142, de julho/agosto de 2011, nosso Jornal AENFER não só denunciava o total abandono como apresentava propostas concretas para sua revitalização, como sua transformação no Museu Ferroviário Nacional. Ainda no nosso site neste momento está disponível uma enquete sobre o assunto, sendo que a maioria das respostas confirma ser esta a melhor solução para este patrimônio, que tem uma bela história para ser contada.
Vamos juntar nossas vozes e esforços para que nossos bens não sejam verdadeiramente tombados, indo ao chão e com isso apagando o trabalho de nossos antepassados.