Etav deve começar a funcionar em duas semanas

O ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo disse hoje que a Etav – empresa criada para representar os interesses do governo na gestão do trem-bala – deve começar a funcionar nas próximas duas semanas.

Segundo Figueiredo, que vai presidir a estatal, a Etav terá como missão inicial trabalhar o projeto executivo e o licenciamento do projeto, deixando “tudo preparado” para evitar que os sucessivos adiamentos de licitação atrapalhem ainda mais o cronograma da obra.

“Se a gente conseguir antecipar o projeto executivo, a gente consegue antecipar a obra. Se a gente planejar bem a obra, a gente consegue diminuir o tempo da obra e fazer isso mais rápido”, afirmou Figueiredo após participar de debate no congresso da indústria siderúrgica promovido em São Paulo pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

Ele voltou a dizer que não há mais viabilidade para realizar a primeira fase do leilão – que vai definir a tecnologia do trem – até o fim do ano, como previa o governo. Essa etapa, disse, só deve acontecer no primeiro semestre de 2013.

Contudo, com a entrada da Etav para acelerar o projeto, Figueiredo acredita que a obra poderá ser concluída em 2018, um ano antes do prazo oficial previsto pelo governo.

O trem de alta velocidade vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A Etav, segundo informou Figueiredo, deve começar as atividades com um quadro de 30 a 50 servidores públicos que está sendo discutido com o Ministério dos Transportes.

Por enquanto, o governo prevê o aporte de R$ 3,4 bilhões no projeto. Mas a estatal terá no projeto a participação que for necessária para tornar viável o empreendimento, disse o ex-diretor da ANTT. “Isso pode variar. Ela (a Etav) pode entrar com mais ou com menos. Isso vai depender do apetite do mercado.”

Figueiredo diferenciou também as funções que vinha desempenhando na agência de transportes em relação ao papel que terá no novo cargo. “A ANTT cuida da concessão. A Etav cuida do negócio.”

Fonte: Valor Econômico, 28/06/12

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