O ministro dos Transportes, César Borges, informou nesta quarta-feira em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, que a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) assinou junto à Transnordestina Logística SA (TLSA), ligada à CSN, um aditivo contratual no dia 20 de setembro que definiu a prorrogação da conclusão da ferrovia de dezembro de 2015 para setembro de 2016.
A data original de entrega da ferrovia Nova Transnordestina era dezembro de 2010, o que implica atraso de 69 meses desde a concepção do primeiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007.
– Foram definidos investimentos adicionais e novos prazos – disse Borges.
A obra está orçada atualmente em R$ 7,5 bilhões, valor R$ 3 bilhões mais caro do que sua previsão original. O prazo anterior de conclusão da obra, no último balanço do PAC 2, era dezembro de 2015.
A ferrovia ligará o sertão nordestino aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE). Segundo Borges, a TLSA já tem em curso um processo de contratação de empresa para dar continuidade às obras depois que foi rompido o contrato com a Odebrecht, que era responsável pelo avanço dos canteiros.
O senador Vital do Rego (PMDB-PB), autor do requerimento para que se debatesse a ferrovia no Senado, destacou que durante um ano houve um processo de renegociação de preços e prazos da concessão, mas que ainda não se tem notícia de que foi resolvido o problema financeiro do projeto, uma vez que não há demanda de cargas pelo seu uso.
Quando do seu lançamento, esperava-se que a ferrovia Nova Transnordestina levaria aos portos produção de grãos e minérios do interior do Nordeste, no entanto, enquanto a produção agrícola da região avançou, os empreendimentos minerais da região praticamente não saíram do papel.
Fonte: O Globo, 16/10/2013
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