Estabilização da economia, aumento do poder de compra e facilidade de financiamento contribuíram para o aumento da frota de carros. Hoje só no município do Rio há mais de 2,7 milhões de veículos nas ruas. A explicação ajuda a entender fenômenos como o do último dia 6, quando cruzar a Linha Amarela em direção à Barra consumiu mais de três horas.
— Estudos mostram que quanto maior o poder aquisitivo das pessoas mais viagens elas fazem de carro — diz Fernando MacDowell, que calculou 1.939 horas de engarrafamento no Rio em 2011, número que segundo ele não mudou de lá para cá.
O engenheiro William de Aquino, coordenador da Agência Nacional de Transporte Público explica que como o sistema viário do Rio opera no limite, qualquer pequena alteração, como uma simples freada, pode resultar em engarrafamento.
— Nos horários de pico a distância entre os veículos é menor e o espaço de segurança para frenagem reduzido.
O secretário municipal de transportes, Carlos Roberto Osório, diz que a mobilidade é um dos grandes desafios da cidade. Ele aponta investimentos em transporte de massa como solução.
— Até 2016 serão investidos R$ 6 bilhões em transporte público de grande capacidade (BRT, trens e metrô). Hoje esse sistema responde por 20% das viagens realizadas. Com os investimentos pretendemos passar para 60%.
Fonte: Extra, 21/09/2013