O presidente da Rumo Logística, Júlio Fontana Neto, afirmou nesta segunda-feira, 5, que o setor ferroviário não sofreu grandes impactos com o envolvimento das principais construtoras do País na Lava Jato, uma vez que tais empresas já não participavam de maneira relevante do segmento.
“Desde o início das concessões, a rede de ferrovias vinha definhando, perdemos expertise ferroviária no Brasil”, disse Fontana, durante participação no Construbusiness, congresso sobre construção e infraestrutura organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo o executivo, nos últimos anos, o setor acostumou-se a trabalhar com pequenas e médias construtoras. “As grandes empresas já não tinham apetite por obras ferroviárias”, afirmou. “Esse tipo de problema (ligado à Lava Jato) não nos afetou”.
Licenciamento ambiental
Questionado sobre a demora para a obtenção de licenças ambientais das obras de infraestrutura, Fontana afirmou que, num cenário ideal, todo projeto licitado pelo governo já viria com o licenciamento aprovado, de modo a agilizar o andamento das obras. “Em qualquer lugar minimamente civilizado, teríamos isso. O tempo para conseguir uma licença é absurdo”, disse.
Fonte: Isto É, 06/12/2016