A Alstom inaugurou nesta terça-feira (03/03), em Taubaté (SP), sua primeira fábrica de VLTs na América Latina. A unidade foi construída em oito meses e meio para atender o contrato com o consórcio VLT Carioca. Dos 32 trens que a Alstom fornecerá para circular na região Central do Rio de Janeiro, no projeto Porto Maravilha, 27 serão produzidos em Taubaté. Para atender o prazo, os cinco primeiros VLTs estão sendo fabricados na França.
A linha de produção já está toda estruturada para iniciar a produção dos VLTs e o primeiro carro deve ficar pronto até julho deste ano. A fábrica tem cerca de 16 mil metros quadrados e é capaz de produzir de 7 a 8 trens por mês. Foram investidos cerca de R$ 50 milhões na nova unidade – a terceira fábrica de trens da Alstom no Brasil. A empresa tem unidades na Lapa, em São Paulo, e em Deodoro, no Rio de Janeiro.
A inauguração da fábrica contou com a presença de autoridades, convidados, representantes da Alstom e do presidente mundial da Alstom Transport, Henri Poupart Lafarge. O presidente mundial da Alstom Transport fez um discurso e citou o impacto da implantação do VLT nas cidades. “A vantagem do sistema é repensar o planejamento para as cidades. É uma solução completa que transforma a cidade onde estamos implantando essa solução”, disse Lafarge.
“Temos uma expectativa muito grande que esse mercado vá crescer”, declarou o presidente da Alstom no Brasil, Marcos Costa, ao falar sobre o mercado de VLTs. Em seu discurso, Costa destacou que “é muito mais que transporte, é uma mudança na qualidade de vida”.
“Mais do que um modelo de transporte, o Veículo Leve sobre Trilhos redesenha as cidades e oferece à população uma mobilidade sustentável, confortável e acessível. Esse sistema já foi adotado por um grande número de cidades em todo o mundo nas últimas décadas, disse Michel Boccaccio, vice-presidente sênior da Alstom Transport na América Latina.
Boccaccio explicou que o primeiro trem para o Rio de Janeiro sairá da França em abril e chegará ao Rio em junho.
VLT Goiânia
A Odebrecht foi a vencedora da licitação do VLT de Goiânia (GO), cujo contrato já está assinado com o governo, e a Alstom tem um acordo de exclusividade com a empresa para o fornecimento dos VLTs. Segundo Boccaccio, o contrato está quase pronto e o que está faltando é o fechamento do financiamento. Assim que for concluída essa etapa, será iniciada a produção dos VLTs.
Os 30 VLTs, totalizando 60 carros, serão todos produzidos em Taubaté. Os trens serão com dois carros acoplados, sem passagem livre. “Achamos que Goiânia é uma referência de projeto. É um projeto em PPP, privado, e já estamos trabalhando em um prazo muito curto para colocar em dois anos 20 VLTs em operação. Para atender isso, já começamos os estudos antecipadamente”, disse Boccaccio.
Fonte: Revista Ferroviária, 04/03/2015