Linha 4 do Metrô do RJ reduz ruídos e vibrações de detonações

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro adotou o Hand Time Det (HTD) para reduzir ruídos e vibrações nas detonações durante as escavações em rocha. O acessório para o método New Austrian Tunneling Method (NATM) – drill and blast substitui o tradicional cordel detonante

A nova técnica diminui os efeitos de deslocamento do ar, causando menor sensação de vibração e ruídos. Usado pela primeira vez na América Latina em construção de túneis de metrô, o objetivo é minimizar o impacto das obras, que, segundo a Linha 4, seguem rigorosos procedimentos técnicos, e o NATM é o método mais adequado para a região.

O HTD começou a ser utilizado em dezembro para minimizar a sensação de vibração e percepção do som das detonações controladas, que são intrínsecas ao processo. Com isso, a responsável pela construção da Linha 4 (Barra da Tijuca – Ipanema) espera minimizar o incômodo para a população do entorno dos canteiros.

Com os resultados alcançados no monitoramento sismológico durante a escavação da Estação Gávea, o acessório passou a ser usado também na escavação dos túneis e da caverna de 220 m de extensão que está sendo construída sob o bairro do Alto Leblon, na Zona Sul carioca. Neste ponto, a seção do túnel será maior, com 12 m de altura, porque vai receber o Tunnel Boring Machine (TBM), o Tatuzão, conectando o túnel escavado pelo equipamento alemão no trecho Ipanema-Leblon às galerias escavadas pelo método NATM, vindas da Barra da Tijuca.

No ciclo de detonações, o HTD é colocado em cada um dos furos na rocha, antes dos explosivos, assim como até então era feito com o cordel. A diferença é a espoleta de retardo, que fica no fundo da mina carregada, e que controla o tempo de detonação. Com o acionamento, as minas são detonadas com espaços de 17, 25 e 42 milissegundos, garantindo uma sequência de impactos menores do que o cordel, que detona os explosivos de uma só vez. Em termos de avanço, o HTD mantém o mesmo desmonte de rocha, com a mesma fragmentação. Até agora, o acessório era usado apenas em obras verticais.

Fonte: Linha 4 Metrô – Rio, 12/03/2015