Ferrovias subutilizadas ou abandonadas entrarão em discussão na Assembleia Legislativa de Minas (ALMG). A Mesa Diretora da ALMG, criou no dia 5, a Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras, para discutir o assunto e alavancar o transporte de carga e de passageiros. “A greve dos caminhoneiros mostrou a necessidade de investimentos em ferrovias. A comissão terá um papel importante nas discussões em Minas, estado que teve parte do patrimônio ferroviário aniquilado”, afirmou o deputado Lafayette Andrada (PRB).
Entre os motivos que levaram à criação da Comissão, estão o entendimento de que para retomar o crescimento econômico do país, é imprescindível gerar alternativas que deem maior mobilidade e opções de logística e o anúncio do governo federal de que iria antecipar a renovação das concessões da malha ferroviária para a iniciativa privada. “Temos que discutir com as concessionárias as contrapartidas para os municípios”, ressaltou Andrada.
Sede de uma das estações mais antigas do País (inaugurada em 1883), Conselheiro Lafaiete, pode ser beneficiada com a iniciativa dos deputados que, além de investimentos para ampliação da malha ferroviária, inclui estudos de viabilidade econômica para o transporte de passageiros.
Tataraneto do ministro do império, Lafayette Rodrigues, que deu nome à estação e ao município, o deputado Lafayette Andrada apoia a Comissão e torce pela injeção de investimentos no modal ferroviário em suas duas vertentes: cargas e passageiros. “Como integrante da Mesa, regimentalmente, não posso ser membro da Comissão, mas ela tem o meu total e irrestrito apoio”, ressaltou o parlamentar que é vice-presidente da Assembleia.
O grupo de deputados mineiros vai promover audiências públicas, debates, visitas técnicas e reuniões com convidados para discutir o assunto. Dos 30 mil km de linhas férreas brasileiras, Minas tem a segunda maior malha com 5.173 quilômetros de extensão. “Já que a renovação será feita, teremos a oportunidade para discutir obras importantes e a ampliação do transporte de cargas e de passageiros. Vamos chamar as concessionárias, a ANTT (Agência Nacional Transportes Terrestres) e discutir como se dará essa renovação para que Minas tenha uma possibilidade de transportar mais cargas e passageiros”, disse o presidente da Comissão, deputado João Leite (PSDB). A administração das ferrovias que atravessam Minas Gerais é feita pelas empresas MRS Logística S/A, Ferrovia Centro – Atlântica S.A. e Vale S/A.
Os membros da Comissão foram apresentados à sociedade civil, no dia 14 de junho, em solenidade no Salão Nobre da Assembleia. Autoridades, empresários e outras lideranças interessadas nessa temática estiveram presentes para conhecer o trabalho a ser desenvolvido pela Comissão.
Fonte: Jornal Correio da Cidade, 19/06/2018
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