O trem novo veio da China e tem ar condicionado e TV de tela plana. Mas a maioria dos trens que circulam pelos trilhos cariocas ainda é antiga
Quem depende de transporte público nas grandes cidades brasileiras enfrenta atrasos, superlotação e nada de conforto. No Rio, com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, a promessa é de dias melhores. Uma novidade acaba de chegar da China É pelos trilhos que 540 mil pessoas se deslocam todo dia no Rio de Janeiro. <http://www.clippingexpress.com.br/rj/rio-de-janeiro/cidade/rio-de-janeiro.html>.
A linha férrea com 270 quilômetros liga a capital à Baixada Fluminense. São viagens longas e cansativas. Mas, na hora de voltar para casa, o vigilante Waldecir Soares teve uma surpresa: ar condicionado, TV de tela plana e letreiros luminosos que anunciam a próxima estação.
O vigilante embarcou em um trem novinho em folha, fabricado na China e ainda em fase de testes. Por enquanto, é um só, mas, até setembro, a promessa é que serão 30. “Show de bola, parabéns. Tem tudo: conforto, segurança, tudo”, comenta o passageiro.
Mas o trem novo não resolveu um problema velho: o vão entre o trem e a plataforma. O jeito foi pôr uma extensão de borracha – que, por enquanto, está em 18 das 98 estações.
O passageiro se surpreende, porque quem depende do transporte ferroviário no Rio não está acostumado com o conforto e a modernidade. A maioria dos trens que circulam pelos trilhos cariocas é antiga, uma frota que tem, em média, 35 anos e muitos problemas.
Essa é a situação do transporte ferroviário na cidade que vai receber a final da Copa do Mundo e as Olimpíadas. São fortes motivos pra não sair dos trilhos.
O compromisso da concessionária que administra o serviço é modernizar, com novos trens, sistema de sinalização automatizado para diminuir os intervalos. Hoje, em alguns horários, o passageiro chega a esperar até meia hora na plataforma. “Toda essa tecnologia foi inspirada justamente para que a gente pudesse reverter benefícios ao nosso cliente, ao nosso usuário. A gente tem aí em dois anos e meio uma total transformação na companhia, onde vai propiciar uma redução de intervalos entre os trens. O nosso objetivo é transformar a Supervia em um metrô de superfície”, diz o diretor operações da SUPERVIA, João Gouveia.
O Centro de Operações e Controle, de onde se monitora toda a movimentação dos trens, já parece coisa do futuro, mas na estação, às 18h, o passageiro ainda embarca em um meio de transporte que ainda não saiu do passado.
Fonte: Bom dia Brasil – Rio de Janeiro/RJ, 22/03/2012