O jornal Extra do Rio de Janeiro foi vencedor do Grande Prêmio da 23ª edição CNT de Jornalismo, concedido pela Confederação Nacional do Transporte. A reportagem premiada, entre trabalhos do país todo, foi “O trem atrasou”, uma série do repórter Marcos Nunes sobre os problemas do sistema ferroviário do Rio de Janeiro.
Para a produção, foram analisadas mais de cinco mil páginas do contrato de concessão e seus nove aditivos, além de outras duas mil páginas de processos que tramitam na Justiça em que a SuperVia é parte.
– Descobrimos que a realidade de quem anda de trem seria outra se as autoridades tivessem cumprido o que estava previsto no papel – disse Nunes.
– Ser passageiro frequente e conhecer o transporte foi fundamental – completou.
A série trouxe à tona a relação suspeita entre o estado e a SuperVia, concessionária responsável pelo serviço. Um dos capítulos mostrou que o governo estadual abriu mão de uma ação judicial que cobrava R$ 96 mil da concessionária, por conta de 102 vagões depenados pelo sumiço de seis outros. Também mostrou os problemas de acessibilidade na maioria das estações que não têm elevadores ou rampas para cadeirantes, e ainda a falta de banheiros para os usuários. Um aditivo de contrato, de 2001, garantiria a existência do equipamento em todas as estações, mas apenas 16% delas têm sanitários.
Por conta das denúncias do Extra, o Procon-RJ autuou três a SuperVia. Já a comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio incluiu a série numa ação civil pública contra a concessionária por desrespeitar os direitos dos usuários.
– A premiação tem incentivado a busca de soluções para os problemas do transporte em todos os modais – afirmou Clésio Andrade, presidente da CNT.
Fonte: Jornal Extra, 18/11/2016
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