Ministro do Planejamento afirma que reforma da Previdência é ‘divisor de águas’

RIO – O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, voltou a afirmar nesta quarta-feira à noite no Rio, na Rio Money Fair, evento promovido pelo Ibmec, que o país saiu da recessão e que os indicadores econômicos do primeiro trimestre, como produção industrial e vendas do comércio e serviços já mostram que o país saiu da recessão. Sobre o mercado de trabalho que acumula 14,2 milhões de desempregados, situação que ainda deve piorar nesse semestre, segundo especialistas, diz que o último indicador a se recuperar:

— O mercado já está estimando crescimento de 0,9% do PIB no primeiro trimestre, depois de oito trimestres seguidos de queda. Estamos no fim da maior recessão da história do país, mas o mercado de trabalho demora mais a entrar e sair da crise.

Ele aproveitou para defender a reforma trabalhista, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e tramita no Senado, dizendo que há “restrições no mercado de trabalho que estão sendo tratadas na reforma”:

— A reforma pode auxiliar nessa retomada ao reduzir custos de transição, o que pode incentivar a se contratar mais, a reforma também reduz os litígios.

Ele atribuiu os primeiros resultados positivos na economia à politica econômica do governo. Oliveira voltou também a defender a reforma da Previdência que, na sua opinião, é um divisor de águas:

— Se não tivermos a aprovação, teremos a reversão desse cenário (de recuperação).

Na palestra, o ministro defendeu que os projetos de infraestrutura devem cada vez mais se financiar com o mercado de capitais e que o BNDES passará a comprar debêntures na construção e depois repassá-las para o mercado. O BNDES vem sendo criticado por empresários que acusam o banco de represar recursos.

O ministro listou os projetos de concessão que estão em andamento ou por vir, de aeroportos, portos, ferrovias, rodovias, áreas de petróleo, saneamento. Perguntado se o governo está preparando algum programa de investimento em infraestrutura, o ministro limitou-se a dizer que há estudos:

— Estamos discutindo internamente no governo, mas não há nenhum lançamento marcado.

 

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