O Sindicato dos Metroviários colocará em votação nesta terça-feira, 30, a possibilidade de paralisação do serviço do metrô na cidade de São Paulo na quarta-feira, 1. A categoria diz que o governo do Estado está retirando direitos dos trabalhadores, ao que a Companhia do Metropolitano responde citando queda de receita acima de 70%.
A assembleia ocorrerá por meio de votação online nesta terça. O sindicato informou que foi realizada uma reunião com a companhia nesta segunda-feira, 29, onde relataram ter reafirmado a intenção de paralisar as atividades. Durante a reunião, o sindicato expôs a decisão massiva da categoria de greve no dia 1.º caso o Metrô mantenha os descontos no mês de junho, prometidos com o pacote de ataques da empresa e do governo estadual, divulgou o sindicato em nota.
Os trabalhadores dizem que o porcentual de pagamento sobre horas extras pode ser reduzido de 100% para 50%, o adicional noturno seria diminuído de 50% para 20%, além da extinção de outras gratificações. A categoria está realizando uma forte mobilização contra a retirada dos direitos históricos, com uso de coletes, adesivos e botons. A luta não é por aumento salarial, mas pela manutenção do acordo coletivo, dos direitos e do plano de saúde, informou o sindicato.
Em nota, o Metrô informou ao Estadão que enfrenta queda acima de 70% na receita. Citando as reduções de salário implementadas na iniciativa privada, a companhia diz que propõe a manutenção integral dos salários e do emprego de todos os funcionários. Os benefícios, acrescentou o órgão estadual, são bem mais altos que a média do mercado.
Esta diferença se traduz em pagar 70% de todas as despesas médicas, hospitalares e odontológicas de seus colaboradores, pagar adicional noturno e horas extras como exatamente previsto em lei, assegurando todos os benefícios previstos em lei e vários outros que a lei não contempla e mais benefício que milhões de trabalhadores privados não possuem neste momento de tanto medo e insegurança. Será que todos os empregados neste momento de sobrevivência dos empregos não compreendem que este pontos não são desumanos, cruéis e injustos?, pontuou a Companhia do Metropolitano.
O órgão disse que empenha esforços para assegurar o melhor aos empregados, mas tem de ter a responsabilidade e transparência de compreender o que milhões de paulistas estão passando.